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Sindimoc luta para reaver R$ 8 milhões desviados por diretoria antiga, segundo ação do Ministério Público

Sindimoc luta para reaver R$ 8 milhões desviados por diretoria antiga, segundo ação do Ministério Público

Ministério Público investigou crimes em 2010 e desvios viraram ação judicial criminal em 2012. De lá para cá, foram mais de 40 horas de audiências e 20 testemunhas ouvidas

Ex-presidente Denilson Pires sendo preso na sede do Sindicoc, em 2010Há oito anos lutando na justiça, Sindimoc espera em breve que os R$ 8,125 milhões desviados pela gestão anterior, de 2010, sejam ressarcidos. Os desvios foram denunciados pelo Ministério Público do Paraná (MP-PR), em agosto de 2010, em meio a operação “Waterfront”, onde foram apreendidos mais de R$ 120 mil na casa do antigo presidente Denilson Pires da Silva, na residência do antigo diretor financeiro e na sede do Sindimoc.

Na época, o ex-presidente foi preso, assim como João Carlos da Rosa, o ex-diretor jurídico; Valdenir Dias, que na época era vereador; o antigo diretor financeiro do Sindimoc e Márcio Ramos.

Desde janeiro de 2012, quando a denúncia virou Ação Penal (2011.0001201-0) na 9ª Vara Criminal, o Sindimoc acompanha a tramitação do processo. Somando-se as horas, já se passaram três dias inteiros de audiências e 20 testemunhas ouvidas.

O Sindimoc participa da ação como Assistente de Acusação e espera que a justiça seja feita, de modo que o recurso financeiro roubado, segundo o MP, seja devolvido, para que possamos empregá-lo em benefício dos associados.

 

Sindimoc deve contratar perito nos próximos meses

No ano passado, foi solicitada prova pericial no processo pela juíza Danielle Nogueira Mota Comar. Isso ocorre quando se entende que a prova do fato analisado depende de conhecimento técnico especializado.

O laudo do perito tem o poder de influenciar decisivamente o magistrado na hora de formar sua convicção.

Por ser uma das provas mais sensíveis do processo civil, é muito importante a presença de um perito realmente isento, para analisar as 123 caixas de documentos apreendidos, referentes à movimentação administrativa, financeira, patrimonial e contábil.

O Sindimoc optou por não deixar para fazer na perícia do Estado, contratando o serviço por conta própria. Já que, com a demora que costuma levar, corria o risco de prescrever as ações, por conta da demora processual.

A meta é concluir nos próximos meses, dando continuidade às ações criminais visando reaver os recursos desviados do Sindicato.

Marcio Ramos, à direita, e Denilson Pires. Os dois foram presos em 2010 e agora são alvo do Ministério Público em ação criminal que visa a devolução de R$ 8 milhões desviados.

A denúncia

A operação foi deflagrada pelo Grupo Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do MP-PR, cuja denúncia afirmava que, desde a criação do Sindimoc em 1990, os denunciados que se envolveram em quadrilha cometeram crime de peculato.

Segundo a denúncia, foram mais de oito milhões de reais gastos em benefícios próprios, como despesas em lojas de conveniência, abastecimento de veículos particulares, assessoria jurídica, cirurgia particular, pagamento de contas pessoais e despesas com alimentação.

 

Os crimes

Peculato: artigo 312
Quando alguém desvia dinheiro de terceiros para benefício próprio. Normalmente é realizado por funcionário público, mas pode ocorrer também em casos como o do sindicato, já que o dinheiro que era dos trabalhadores foi utilizado para despesas pessoais.
Pena: de 2 a 12 anos de prisão e multa.

Formação de quadrilha ou bando: artigo 288
É quando três pessoas ou mais se unem para cometer um crime.
Pena: de 1 a 3 anos de prisão.

Falso testemunho: artigo 342
É quando a pessoa mente ou se cala escondendo a verdade em processo administrativo ou judicial, inquérito policial ou em juízo arbitral.
Pena: de 1 a 3 anos e multa.

 

João Carlos da Rosa, preso em 2010Quem são os criminosos, segundo o Ministério Público

- Denílson Pires - ex-presidente do Sindicato - Peculato e Formação de Quadrilha

- Ana Líbia Grein - ex-tesoureira - Peculato de Formação de Quadrilha

- Valdenir Dielle Dias - Ex-assessor jurídico Sindimoc - Peculato e Formação de Quadrilha

- Márcio Ramos - Ex-funcionário - Formação de Quadrilha

- João Carlos da Rosa - Ex-Primeiro Secretário e Diretor - Formação de Quadrilha

- Pedro Paulo de Macedo da Costa Lina - Chefe de Gabinete de Denílson Pires - Falso Testemunho

- Nereide de Fátima Butinhoni - Assessora de Denílson - Falso Testemunho

- Denis Kadri Jorge - Cartorário - Falso Testemunho

Clique AQUI e acesse a denúncia do Ministério Público completa.

 

Denílson hoje é comissionado do governo do estado com salário de R$ 9 mil

Enquanto não saem as decisões judiciais, Denílson Pires segue em seu cargo comissionado pela Casa Civil do Paraná, no governo Beto Richa, recebendo mais de R$ 9.000,00, conforme pode ser visto no Portal da Transparência do Governo do Estado.

Portal da Transparência do Governo do Estado apresenta a remuneração de Denilson Pires

 

Depois de 2010, tudo mudou

No período em que Denílson esteve frente ao Sindimoc, os motoristas e cobradores não eram, de fato, representados.

Enquanto a maioria das categorias tiveram aumento real nas campanhas salariais (principalmente entre 2002 a 2010, com o crescimento da economia brasileira no geral), os trabalhadores do transporte coletivo de Curitiba e Região Metropolitana, nada.

Os cobradores tiveram aumentos sempre abaixo da inflação (ou seja, nenhum centavo de aumento real, de ganho de poder de compra e qualidade de vida) e os motoristas, nestes oito anos, tiveram apenas 0,5% de aumento real acumulado, ou seja, quase inexistente.

Tudo isso em um momento em que várias categorias tinham cerca entre 20 e 40% de aumento real, acumulado no período.

Mas desde 2010, os motoristas e cobradores conseguiram tomar o sindicato das mãos desta bandidagem e é notório o aumento real no salário dos trabalhadores (a principal demanda dos pais e mães da família Sindimoc).

Além disso, os trabalhadores tiveram diversos benefícios econômicos (como abono e auxílio alimentação) e sociais, o que na prática, deveria ser obrigação de todo sindicato. Foram mais de 20% de aumento real nos últimos anos.

E a resposta foi clara: o resultado de tantas lutas e vitórias, fez elevar a credibilidade do Sindicato e, em 2012, mais que dobramos o número de trabalhadores sindicalizados. Hoje, em 2018, esse número segue crescendo.

Acabamos também com a folia dos sócios que não eram da categoria, coisa que vinha das gestões anteriores.

 

Grande infraestrutura de atendimento e serviços

Hoje, o Sindimoc oferece ampla estrutura de serviços aos motoristas e cobradores filiados.

A Sede Campestre Alcir Teixeira, por exemplo, fica na estrada para o litoral e tem 120 mil metros quadrados, com churrasqueiras, piscinas, campos de futebol, entre outras opções para lazer dos associados e seus familiares.

Já na sede central (na Rua Tibagi, 520), ficam as secretarias e departamentos de atendimentos aos motoristas e cobradores, uma academia de ginástica e o salão de beleza Sindimoc.

Além dos espaços, o Sindimoc também tem o Centro Integrado de Saúde Sindimoc (CISS), que fica na Rua Mariano Torres, 398, com equipamentos modernos e profissionais das diversas especialidades médicas prontos a atender a categoria, com consultas e exames.

O Sindimoc disponibiliza também uma ambulância e uma unidade móvel do Departamento de Apoio ao Trabalhador (DAT), que pode ser solicitada pelos filiados e dependentes em situação emergencial de saúde, 24 horas por dia.

 

Departamento Jurídico FORTE

Um dos pontos fortes do Sindimoc é também a disposição aos associados de atendimento jurídico, nas áreas trabalhista, cível, família e criminal.

O departamento jurídico serve tanto para atender às demandas do Sindimoc nas negociações coletivas, como para orientar e apoiar juridicamente os motoristas e cobradores de Curitiba e Região Metropolitana contra os abusos patronais.

O atendimento é diário, com uma média de 15 atendimentos e 20 audiências por semana. Atualmente, o Departamento Jurídico assessora 4 mil processos em trâmite, com o cumprimento de cerca de 130 prazos processuais ao mês.

Nosso departamento é inteiramente preparado para auxiliar nas questões trabalhistas, acidentes de trabalho, doenças profissionais, greves, homologação, entre outros serviços.

Nossos profissionais são preparados para atuar não apenas em questões internas da categoria, mas também em questões nacionais e de interesse dos trabalhadores.

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