Diretor do Sindimoc conhece Força-Tarefa contra roubos no coletivo de Porto Alegre

A Força-Tarefa será em breve uma Delegacia Especializada; Sindimoc busca ferramentas para combater os crimes no transporte coletivo

O Diretor do Departamento de Segurança e Inteligência do Sindicato dos Motoristas e Cobradores de Ônibus de Curitiba e Região Metropolitana (Sindimoc), Dario Pereira, viajou para Porto Alegre para conhecer o sistema de segurança do transporte coletivo da capital do Rio Grande do Sul. Lá, tomou conhecimento de uma Força-Tarefa Contra Roubos a Transporte Coletivo, que com esforço poderia ser aplicada aqui.

“Buscamos novas experiências no nosso setor de segurança, para termos mais ferramentas para combater o crime no transporte coletivo”, explica Dario. Ele conversou com o delegado Daniel Mendelski, para entender melhor como são realizados os reconhecimentos e o monitoramento dentro dos ônibus – este que ajuda na prisão e sentença dos meliantes – e conheceu as instalações da delegacia.

Essa Força-Tarefa fica anexa a 2º Delegacia Distrital de Porto Alegre, mas depois de um trabalho realizado dentro da Câmara dos Vereadores e da Assembleia Legislativa, já está sendo executada a construção da sede para uma Delegacia Especializada em Furtos no Transporte Coletivo da capital e Região Metropolitana.

Como aplicar o mesmo em Curitiba

O trabalho em Porto Alegre é pioneiro no Brasil e vem apresentando ótimos resultados para os usuários do transporte coletivo, por isso, Dario foi até o Sindicato Dos Trabalhadores Em Empresas De Transporte de Porto Alegre (Stetpoa) para entender como poderíamos aplicar aqui em Curitiba e lá foi muito bem recebido pelo presidente Adair da Silva e o vice-presidente Sandro Abbàde.

Para chegar onde eles estão, é preciso que o Sindimoc conte com o apoio da Polícia Civil, da Polícia Militar, da Secretaria de Defesa Social, da Secretaria de Segurança Pública, da Prefeitura e das empresas do transporte coletivo de Curitiba. No geral, seria necessário um bom relacionamento entre os órgãos de segurança, o munícipio, o Estado e os empresários.

“Eles não podem omitir as informações e devem cooperar com essa Força-Tarefa que, futuramente, se tornaria uma Delegacia Especializada”, explica Dario, fazendo alusão às estatísticas da violência no Transporte Coletivo da capital paranense e região metropolitana. Na logística, eles ajudariam com material de escritório e combustível para as viaturas, além de, é claro, disponibilizar câmeras em pleno funcionamento nos ônibus, afinal só assim é possível fazer o monitoramento. “Coisas simples que os empresários podem sim ajudar, enquanto o poder público não se manifesta”, continuou.

Dário conta ainda que a implantação desta Força-Tarefa em Porto Alegre teve resultados além do esperado: “Quando são presos, os bandidos pedem ‘por favor’ para não serem enviados a delegacia especializada”. Aqui em Curitiba, temos convicção de que seria possível implantar algo parecido, pois o Sindimoc já tem o suporte das Polícias e tem feito um trabalho em conjunto de acompanhamento da situação no Transporte Coletivo, na esperança de obtermos melhorias na segurança dos usuários de ônibus e, consequentemente, da população toda.

Neste sentido, estamos também entrando em contato com a Câmara Municipal de Curitiba para que possamos marcar reuniões com os secretários de Defesa Social e Segurança Pública para começarmos o esboço de um projeto.

Outras atividades em Porto Alegre

O Diretor Sindical também participou de duas assembleias que discutiram a negociação salarial da categoria, que tem data base aproximada do nosso sistema. Além disso, Dario foi convidado a participar de uma entrevista com os diretores sindicais do Stetpoa para a Rádio Aura, emissora que é conhecida entre os rodoviários de Porto Alegre.