Audiência tenta impedir nova greve do transporte coletivo

Uma audiência no Tribunal Regional do Trabalho (TRT-PR), hoje à tarde, tentará impedir uma segunda paralisação do transporte público de Curitiba em pouco mais de um mês. Os trabalhadores alegam que as empresas do transporte público não cumpriram o acordo assinado em audiência de conciliação, no mesmo TRT-PR, no dia 28 de fevereiro, quando o entendimento selou o fim da greve de três dias do transporte coletivo na cidade. Por isso, no dia 1º de abril, o Sindicato dos Motoristas e Cobradores de Ônibus de Curitiba e Região Metropolitana (Sindimoc) emitiu um comunicado de indicativo de greve a partir do 6º dia útil do mês, ou seja, a partir do dia 8 de abril.

A decisão sobre a nova audiência foi definida ontem à tarde, após a desembargadora vice-presidente do TRT-PR, Ana Carolina Zaina, receber o presidente do Sindimoc, Anderson Teixeira, e o assessor jurídico do sindicato, o advogado Elias Mattar Assad.  De acordo com as informações da assessoria do TRT-PR, foram convocados para a audiência, a partir das 14h30, a Prefeitura de Curitiba e Companhia de Urbanização de Curitiba (Urbs), Governo do Estado e Coordenação da Região Metropolitana de Curitiba (Comec), Sindicato das Empresas do Transporte Urbano e Metropolitano de Passageiros de Curitiba e Região Metropolitana (Setransp) e Sindimoc. Assad pediu à desembargadora a aplicação de multa diária de R$ 500 mil ao sindicato patronal pelo descumprimento do acordo.

Teixeira, presidente do Sindimoc, afirmou que se houver paralisação o usuário não será penalizado. Ele ressaltou que será convocada uma assembleia para que os trabalhadores definam como será o movimento e não descartou a possibilidade de uma greve branca, onde os ônibus circulariam com as catracas livres. “Os integrantes do sistema sempre estão alegando que as empresas não podem ter prejuízo, nem a Prefeitura, nem a população, mas não é justo que os trabalhadores paguem por isso”, afirma. 
Na audiência do dia 28, no TRT-PR, o Setransp se comprometeu a reajustar os salários em 9,28% e a pagar as diferenças salariais retroativas a 1º de fevereiro. No entanto, até ontem, os valores não tinham sido pagos e tampouco a Convenção Coletiva de Trabalho havia sido assinada, segundo o Sindimoc.

Fonte: Bem Paraná