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RPC denuncia falta de banheiros para cobradores de estações tubo

RPC denuncia falta de banheiros para cobradores de estações tubo

 

Matéria do G1

Cobradores das estações-tubo de Curitiba reclamam da falta de banheiro
No ano passado, o MPT-PR considerou a situação de risco à saúde.
Um ano depois, nada foi feito pelos responsáveis do transporte coletivo.

 

Os cobradores de ônibus que trabalham nas estações-tubo de Curitiba e Região continuam enfrentando o problema da falta de banheiro. A adversidade, inclusive, já foi considerada pelo Ministério Público do Trabalho do Paraná (MPT-PR), em uma ação de 2014, como situação de risco à saúde.

Entretanto, até agora, nada foi feito – nem pela Urbs, autarquia que faz a gestão do transporte público na capital paranaense, nem pela Comec, responsável pelo transporte na Região Metropolitana de Curitiba.

Durante a jornada de trabalho de seis horas, cada cobrador tem direito de ir ao banheiro uma vez, no intervalo de 15 minutos. Porém, em várias estações-tubo não tem banheiro nem comércio por perto, como no bairro Cajuru, por exemplo. Por essa razão, os cobradores acabam fazendo as necessidades até no mato.
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"É um descaso muito grande. O cobrador fica à mercê, a cobradora, que a gente sabe que é um caso especial – as mulheres têm alguns dias no mês que precisam de uma higienização melhor. É muito humilhante para a nossa categoria esse tipo de situação", afirmou o diretor do Sindicato dos Motoristas e Cobradores de Ônibus de Curitiba e Região Metropolitana (Sindimoc), Marcelo Thomaz.

Nos últimos dois anos, a cobradora Grazielle Kruk teve que ir ao médico quatro vezes por causa de infecções na bexiga. "A gente fica com vontade, começa a doer, e a gente não pode sair do local de trabalho, a gente é multado, fiscal sempre está em cima. Quando você precisa, você tem que segurar. Se não segurar, você acaba até fazendo nas calças", relatou.

Nesta semana, o sindicato das empresas de ônibus enviou um ofício à Urbs. O pedido é  para a suspensão do pagamento de R$ 300 mil que deveriam ser destinados ao aluguel de banheiros químicos nas estações, o que não é feito. O montante está dentro da tarifa técnica, valor que a Urbs passa para as empresas de ônibus.

A Coordenação da Região Metropolitana de Curitiba (Comec) informou que, das oito estações-tubo que estão ativadas na Região Metropolitana, apenas três não têm banheiro, mas que já está tomando as providências para que a determinação judicial seja atendida e os santiários sejam colocados nas três estações.

Já a Urbanização de Curitiba (Urbs) afirmou que, das 342 estações-tubo na capital do Paraná, somente cinco, na Linha Verde, têm banheiros. A Urbs disse que vai continuar buscando formas de atender a determinação do Ministério Público do Trabalho, que é de um ano atrás.

Esse conteúdo pertence ao G1 Paraná.

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